segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim."


Martha Medeiros

Saudade com coragem





Saudade com coragem quer dizer, que mesmo sentindo falta de todos os momentos, carinhos e esperanças, você ainda é firme e continua na decisão de que dessa vez não. E nesta solides desacompanhada, você traça uma determinação e se solidifica por falta de opção e até mesmo por falta de ação.
Já se tentou uma, duas, dez vezes... por isso os opostos se atraem, mas não duram. A saudade do carinho vem, mesmo que ele não tenha existido. O coração chega a doer, quando a coragem nos lembra, que mesmo demorando, saudade também passa. E ritmo de saudade não é junto, pois saudade a dois, não é saudade, é distância. Neste ritmo descompassado a vida segue, mesmo sem tantos motivos para sonhar.
E eu cheguei a acreditar que daquela vez, o oposto ia ser disposto.... mas no final se fundiriam. E o fim veio, mais uma vez me acompanhar.
Neste ato a única coisa a se fazer e ser firme e ter a coragem de não implorar, pois implorar não combina com saudade, e sim com falta de amor. E nenhum amor que já acabou merece o carimbo de falta de nada, mesmo que tenha sido amor só para uma das partes.
Saudade dói, invade, some, volta. Mas é saudade. E mesmo sem nenhuma tradução em dicionários humanos, quem gosta, ama ou sofre, sabe bem que saudade quer dizer coragem de continuar, mesmo sabendo que muitas vezes, sentir saudade é só a maneira de o coração dizer que não esquece, contrariando a cabeça que pede por isso o tempo todo.
Continue firme, penso eu, pois pior que sentir saudade sozinho de algo que se viveu também só, é continuar a insistir e ver todos os momentos de que se antes tinha saudades, destruídos pouco a pouco por opostos que não deram certo.
A saudade se forma única e singular, pois pode acreditar que mesmo só  você vai  se lembrar e perceber que ter coragem de sentir saudade vale à pena.


Por: Adriana de Castro

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? ...









Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!" 




Caio Fernando Abreu (meu conselheiro) 

sexta-feira, 11 de março de 2011

O retorno


Preparo-me, arrumo minhas coisas na mala velha, que foi e voltou muitas vezes de lugares diferentes. Dentro dela coloco livros velhos, livros novos que comprei para o próximo semestre, minhas roupas novas e aquelas velhinhas que estão comigo desde do Ensino Médio. Porém o que mais pesa e ocupa espaço nesta mala são os desejos, pois agora se encera um ciclo para começar outro. O peso do Jornalismo veio chegando de vagarzinho, sorrateiro e agora consome toda  mala de viagem. Sinto que neste quinto semestre o fardo se pesará ainda mais, afinal de contas, falta pouco para poder dizer: SOU JORNALISTA. Acredito que a frase seguinte será: E AGORA?

Por um instante respiro. É, realmente é chegado a hora de voltar. Retornar a realidade universitária e sentir o fardo jornalístico do dia-dia. Quem pertence a essa “classe estranha” sabe do que estou falando. Cursar Jornalismo significa, em miúdos, ser um tudo coberto de nada. Ao analisar desta forma percebo profundamente que minha mala está realmente pesada e é meu dever fazer com que ela se torne leve na viagem de volta.
O retornar tem o poder de nos transformar, pois o desejo de mudança é tão abundante dentro de nós que é capaz de consumir todo o peso. E experimentar essa realidade depende muito de mim.  
Na despedida deixo para trás o sorriso de minha mãe, a comida pronta, a roupa lavada, a casa limpa, as madrugadas com os amigos, os churrascos do meu avô, os beijos de minha avó dizendo: Minha princesa e os abraços que só meu pai sabe dar. Certas coisas encontramos apenas dentro do nosso verdadeiro Lar. Esta estranha sensação de perda se assemelha a primeira vez que parti em 2009. Tudo se resumiria assim: uma criatura indefesa que aprendeu a conviver com os “leões do dia-dia”, a matar um por dia e por incrível que pareça esta criatura ousou, se juntou a eles e foi ser uma LEOA também. Hoje, o retornar a minha realidade é menos duro. A primeira vez foi desesperador, agora se tornou encorajador. Mudar é preciso e faz bem a alma.
            Por esse e inúmeros motivos que tenho que voltar. O retorno preenche a ausência de coragem do meu coração, pois o jornalismo me espera e minha segunda família de Barra do Garças-MT também. Em solo matogrossense existem coisas e pessoas que conquistei apenas por lá e isso tem um significado grandioso para mim. Alimentar esse ego me faz bem.
No final o retorno se torna tranquilo e a realização deste sonho exige de mim muita calma, prudência, respiração, serenidade e sabedoria. A certeza de que o fim será uma explosão de sentimentos me conforta. No fim, em auto e bom som, poderei comemorar ao lado de especiais e insubstituíveis.  Ai sim, olharei para trás e direi: Retornar para me graduar valeu muito a pena.   

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pauta do Dia:





Eu acrescentaria: Uma pessoa de desilusões tortuosas e sem explicação.
O jornalista é um TUDO com uma cobertura de NADA!  


Fonte: http://100mililitros.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O jornalista de cada signo




O de Áries, ao ouvir o assessor de imprensa informar que o ministro não poderá atendê-lo naquele momento, diz: “Quero falar com o filho-da-puta do seu chefe agora, entendeu?”.


O de Touro não se importa em ficar horas em plantões em hospitais, delegacias e fóruns sem fazer nada. Aproveita para tomar uma cervejinha e beliscar umas comidinhas.


O de Gêmeos, para conseguir a tão importante informação, promete “off” à sua fonte pela manhã, mas, à tarde, muda de idéia e decide publicar a matéria assim mesmo.


O de Câncer, ao ver o José Roberto Arruda chorar e alegar inocência, fica sensibilizado, também chora e acredita que a imprensa está sendo injusta com aquele homem bom.


O de Leão é tão focado em ser o fodão do jornal que sempre briga pelas melhores pautas. É também aquele que adora exibir a credencial e dizer: “Você sabe com quem está falando?”. (O meu)


O de Virgem fica mal quando é escalado para a pior pauta do dia, entra em depressão quando seu texto é criticado pelo editor e pensa em suicídio quando leva um furo da concorrência.


O de Libra não sabe se trabalha na mídia impressa ou na TV, no caderno de Cultura ou no de Política, como repórter ou redator. Acaba desempregado ou vira assessor de imprensa.


O de Escorpião fica puto com a cantora que não lhe deu a informação de sua gravidez com exclusividade e publica notícia falsa de que o pai da criança é o empresário e não o marido.


O de Sagitário adora pautas perigosas, como entrevistar um assassino lunático numa cela de prisão, sozinho, ou assistir a um show da Banda Calypso, sem proteção para os ouvidos.


O de Capricórnio, antes de seguir para a pauta, checa se a roupa está limpa, se o gravador tem pilha, se a caneta tem tinta, se o bloquinho tem folhas brancas, se o endereço está certo.


O de Aquário acredita que pode, com suas palavras, criar um mundo melhor e mais justo. Mas perde o emprego ao denunciar o empresário bandido que anuncia no jornal em que ele trabalha.


O de Peixes sonha fazer a grande reportagem de sua vida e, assim, conseguir o tão cobiçado Prêmio Esso. Esquece apenas que, antes disso, precisa arrumar um emprego.

Ps: Uma pessoa  do Facebook "Curtiu" as análises do Zodíaco a cima e eu também gostei e resolvi compartilha-las. Bem bacana. O de Leão é comédia!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Só agora...



......









♫ ♪    Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei e o que eu senti

Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir!
Que eu nunca vou deixá-lo ir!
Eu não vou deixá-lo ir!      ♫ ♪    



Ps: Algumas músicas ficam na cabeça e no coração. 
  


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ganhar e perder






Eu quero ganhar a vida e perder a vergonha.
Eu quero ganhar as alturas e perder o medo.
Eu quero ganhar a alegria e perder todas as lágrimas. 
Eu quero ganhar a coragem e perder a vergonha de disser a você tudo aquilo que eu guardo dentro de mim.
Eu quero ganhar o mundo e perder o juízo.
Eu quero ganhar sabedoria e perder a ignorância.
Eu quero ganhar o céu e perder os pecados.
Eu quero ganhar a liberdade e perder a insegurança.
Eu quero simplesmente viver e perder a vergonha de ser FELIZ!



Porque no final das contas eu sou uma eterna aprendiz.

Fábrica de Sonhos




Você passa a vida toda esperando que várias coisas se concretizem em sua vida, por isso você aposta, acredita, corre atrás, supera tudo, suporta todos e escuta tudo, porque a concretização do seu sonho é maior do que tudo e principalmente do que todos. Pois bem, então você se enquadra nos padrões de uma pessoa determinada, que está disposta a tudo para conseguir seus objetivos. Certo? mas vale a pena seguir, suportar e esperar apenas por um grande sonho? será que você chegará onde você sempre quis?
Neste instante você pensa:
 - Mas, desistir? Como assim?
Não se trata de desistir, se trata de uma dose de realismo a sua busca. Quando buscamos um sonho certamente pensamos que a recompensa está a nossa espera. Mas será que tudo isso é verdade?
 O realismo se encaixa neste instante, porque seguir e ir a luta é simples, mas definir a rota, pensar em estratégias, bolar planos A, B, C, D e um alfabeto inteiro não é nada fácil. Refiro-me a pessoas obsessivas de mais e obsoletas, que se prendem apenas em uma rota e simplesmente diz: 
-Eu vou, este é meu único sonho, vou construir minha vida entorno disso é pronto final. Se limita  simplesmente assim e nada mais.
Eu te digo:
- Espere ai. A vida é muita para se definir em apenas um sonho. Eu te sugiro algo mais ousado: SEJA UMA FÁBRICA DE SONHOS. Crie um para você, outro para sua mãe, um para seu cachorro, outro para sua tia-avó. Queira mais pessoas com você nesta jornada, não queira andar sozinho, isso pode ser triste e inútil de mais. 
As buscas e as conquistas devem ser reconhecidas como construções ou talvez monumentos, onde várias pessoas trabalhão unidas, em prol de algo que não beneficiou apenas um, mas uma nação inteira.
Queira ser mais e não apenas uma coisa. Queira experimentar a vida com vários motivos e pessoas ao seu redor. Não queira fazer tudo ao seu modo, pois segundas opiniões das pessoas que nos amam abrem nossas mentes e nos mostram o outro lado da moeda. 
Ao viver esta FÁBRICA DE SONHOS de maneira verdadeira você não será apenas mais um sonhador e sim um inventor ou quem sabe até um alquimista, com poderes incríveis de melhorar a si e o mundo.
Não se trata de surrealismo, mas sim de ação, mérito e coragem. Viver de ousadia não é para qualquer um. Não é fácil para mim, muito menos para você que se define como algo pronto, como uma obra acabada que não merece retoques.
Por isso eu te digo:
- Quero que me retoquem quantas vezes for preciso, porque minha obra é infinita e todas as restaurações são bem vindas para mim. Por que eu descobri que eu sou UMA FÁBRICA DE SONHOS INFINITOS.

Não sei . . .








Não sei... se a vida é curta
ou longa de mais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos
o coração das pessoas.

Cora Coralina 

Simples e Perfeito!